Medo? Eu rio na cara do medo, há.
Conheço uma história muito engraçada e é necessário que seja enaltecida aqui. Nada mais justo que um fato verídico para ilustrar meu ponto de vista (malditas dissertações que me colocaram na cabeça que preciso de fatos concretos para embasar minha teoria). Sendo assim, vamos lá.
Minha mãe é professora de musicalização, e uma vez levou uma turma numa apresentação do Patati e Patatá. Acontece que uma das crianças tinha medo de palhaços, e congelou ao ver a dupla na frente dela. Demorou um pouco até que ela retomasse a consciência e ouvisse que as professoras a chamavam para ser levada para outro ambiente. Aí que começa a ser interessante.
Aquela criatura minúscula tinha tanto medo dos palhaços que quanto mais tentava ir ao encontro das profes, mais mantinha os olhinhos fixos no objeto do medo e, consequentemente, ia mais pra perto dos palhaços. Percebi ali o maior efeito do medo em nossa cabeça: ele nos desvia do foco.
Eu sei, você provavelmente deve estar rindo esta hora. Tudo bem, eu também. Mas se coloque no lugar dessa criança. Substitua os palhaços pelo maior medo da sua vida, e as professoras por qualquer objetivo que voce tem. A coisa é mais séria do que pensava agora, né?! Exato. Assusta ver que nossos medos nos impedem de ir na direção que queremos. Eles podem ser pequenos ou grandes, mas na nossa cabeça, você sabe que eles nos afetam da mesma forma. Eles são aquelas plaquinhas de pare no trânsito de muitas realizações pessoais, ah se são. O medo é bom para nossa segurança, mas em excesso te faz ficar estagnado. Um leão de Oz que nada mais é do que um gatinho domado. O medo nos doma. Impede que a gente viva e alcance o que quer. Nos acostuma na vida que a gente vive e nos adapta á marola da existência. Mesmo que a gente saiba que a vida começa além da zona de conforto, custa dar o primeiro passo rumo a liberdade. Assusta, mas é preciso.
Não se pode viver sem medo. O medo é nosso stop para fazer coisas estupidas. Mas podemos decidir que algumas coisas merecem nossos esforços e são mais importantes do que focarmos no palhaço. A gente precisa focar no professor. Não no problema, na solução. E saber vencer aos poucos. Até por que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. Não existiria coragem se não houvesse o medo. Lembre disso. Nenhum medo é maior do que o futuro que nos aguarda.
Tarefa do dia: que tal você escolher um medo pequeno e enfrentar?